44 - CURAS
“E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: É chegado a vós o reino
de Deus.” — Jesus. (LUCAS, CAPÍTULO 10, VERSÍCULO 9.)
Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos
discípulos.
Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se
restauram nas deficiências humanas.
Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas,
acima de tudo, o corretivo espiritual.
Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o
valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da
moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante
que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.
Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade
viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?
O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe
conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na
experiência edificante da Terra.
Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque
desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se
sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.
É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto,
contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado
na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou
para seu espírito um novo dia no caminho redentor.